domingo, 29 de maio de 2011

"Sick Nurses" (Suay Laak Sai, 2007)

Uau, tantas enfermeiras boazonas num só hospital? Parece o sonho de qualquer indivíduo com um fetiche por enfermeiras de bata branca. Ainda por cima, este hospital (será mesmo um hospital?), é o mais deserto que já vi. Não tem doentes, um ou outro cadáver e seis enfermeiras seminuas a bambolear-se pelos corredores. Mas desenganem-se que estes anjos brancos nada têm de angelical. Em conjunto com o doutor Tar (Wichan Jarujinda), dirigem uma operação de tráfico de órgãos no mercado negro a partir do hospital. A operação corre bem, tanto que o Dr. Tar até recebe uma condecoração, com direito a confeti e tudo pela administração do hospital por trazer tanto dinheiro para o hospital. Mas como se costuma dizer não é aconselhável misturar negócios com prazer. Quando Tahwaan (Chol Wachananont) descobre que o seu namorado, o Dr. Tar está a ter um caso com a sua irmã mais nova, a também enfermeira Nook (Chidjun Rujiphan), ameaça expô-los a todos. As enfermeiras em conluío com o doutor não hesitam em matar e desfazem-se de Tahwaan (Chol Wachananont). Mais um segredinho sujo. Sete dias passarão após a sua morte. Se o seu espírito estiver inquieto, terá até à meia-noite do sétimo dia para encetar a sua vingança...
Não há em "Sick Nurses", uma grande surpresa neste ponto: voltamos ao "velho" espiríto vingativo de longos cabelos negros, pronto a perseguir os que lhe fizeram mal em vida. Gostei sobretudo do modo como o espírito explorou as obsessões das enfermeiras para as fazer conhecer o seu destino. No final da película compreenderão o significado destas obsessões para elas e para Tahwaan. Não se preocupem com a exposição que aqui fiz da história, o filme é sempre a abrir. As surpresas, que as há, estão todas guardadas para os últimos 20 minutos de filme, com uma reviravolta de fazer caír o queixo. Literalmente. Desafio alguém a conseguir adivinhar o fim deste filme! E quando os créditos rolam ficamos: "Ãh? Mas que raio...? Quer a música quer as imagens parecem de um filme completamente diferente. Hardcore horror ou softcore porn?
"Sick Nurses" tem ainda uns apontamentos maravilhosos, sendo a Tailândia um país muito sensível à demonstração de cenas eróticas e/ou sexualmente ousadas, a equipa arranjou uns estratagemas interessantes de modo a mostrar um pouco mais de pele. Têm sucesso, transformando "Sick Nurses" num festival de pernas e de peitos que tanto agradarão à audiência seja ela masculina ou feminina, com um gostinho especial por enfermeiras. É de louvar a imaginação dos cineastas: os ângulos que fazem anunciar  a presença do espírito, os reflexos (nomeadamente, no sangue) e as presenças mesmo no fundo da imagem, são truques simples mas eficazes. Interessante é também o corte das cenas que é efectuado antes de algo se precipitar deixando-nos na dúvida sobre o que realmente aconteceu. Para quem não tem muitos meios são ideias muito boas. E para quem os tem: watch and learn people! Gostei e dou-lhe três estrelas em cinco. Desafio Hollywood a pegar neste filme e a tentar fazer melhor.



Realização: Thospol Siriwiwat e Piraphan Laoyont
Argumento: Thospol Siriwiwat, Piraphan Laoyont, Chanop Sirikamolmas, Buddhiporn Boossabarati e Yuthtana Lopanpajbul.
Elenco:
Chol Wachananont como Tahwaan
Wichan Jarujinda como Dr. Tar
Chidjan Rujiphun como Nook
Kanya Rattanapetch como Ae
Dollaros Dachapratumwan como Jo
Ocha Wang como Yim
Ampairat Techapoowapat como Orn
Ampaiwan Techapoowapat como Am

Próximo Filme: "Yoga Institute" (Yoga Hakwon, 2009)

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