“Ouija Board” situa-se na província, para onde uma mãe e a filha Yu-jin (Se-eun Lee) oriundas de Seul se mudam. Ali, a jovem citadina torna-se rapidamente o alvo preferido das rufias de serviço. Deve ser por ela ter vindo da grande cidade, estão a ver? Ou se calhar são os grandes, expressivos olhos de Yu-jin a causa de tanta inveja. Enfim, é aquele grupinho muito popular mas que, por algum motivo, ninguém grama. Algures, a lógica de Yun-jin lhe diz que a melhor forma de se livrar dos maus-tratos é lançar uma maldição sobre as vilãs. Reportar aos pais ou aos professores o comportamento vil das meninas? Alguma vez? Não. O mais racional é invocar um espírito maldito para fazer o trabalhinho sujo. Yun-jin reúne-se com outras colegas vítimas de bullying e improvisam uma espécie de jogo do copo (a tal Ouija Board). Yun-jin, qual médium experiente, avisa-as para não abrirem os olhos pois algo de mau pode suceder só que ela própria acusa a pressão do momento e comete esse erro. Elas conseguem invocar com sucesso um espírito e que resultados obtêm! Soubera eu uns anos mais cedo… Infelizmente, o espírito é assim a meios que excessivo, já que as rufias começam a surgir mortas com sacos na cabeça, queimadas até ao irreconhecimento. Digo eu, que não era caso para tanto mas se calhar o que está a suceder às meninas más, não tem nada que ver com o bullying que Yun-jin e as colegas sofrem nos dias de hoje. Entretanto, existe um par de professores simpáticos que querem fazer algo para ajudar as alunas. No entanto, estão de mãos atadas face a um conselho directivo irredutível. Também não ajuda muito o facto da professora nova Eun-ju Lee (Gyu-ri Kim), se enganar em plena aula e chamar In-suk Kim (Yu-ri Kim), uma aluna que já não é vista há 30 anos. Junte-se um segredo terrível e temos o típico filme sobre um espírito vingativo.
A história está pejada de influências anteriores: invejas, abuso, preconceito, sexo… Os personagens dividem-se entre os estereótipos habituais: a rapariga inocente, o professor compreensivo, rufias e os personagens com um passado misterioso. Está lá enfiada toda a última década do cinema. Quando isso sucede o factor medo evapora-se. Mas o grande problema da película nem é Byeong-ki Ahn. Ele repete a fórmula mágica por que o público-alvo ainda não se cansou do género: leiam-se adolescentes em idade escolar. A audiência identifica-se com as personagens de uniforme que tropeçam na magia negra. Muito me admiro se depois da sessão de cinema muitos jovens não tiverem ido experimentar o jogo do copo. E não se pode censurar Byeong-ki Ahn por dar à sua audiência o que ela quer. O género carece urgentemente de ser revitalizado. Infelizmente, isso não acontecerá à custa dos repetidos apelos de cinéfilos. Os “Ouija Board” por esse mundo fora, só irão desaparecer quando a população virar as costas ao género e preferir sucedâneos mais bem cozinhados. Até lá, perseguirei estóica (cof cof) por entre os inúmeros fantasmas vingativos para vos dar a conhecer os melhores filmes de terror coreanos. Duas estrelas.
Realização: Byeong-ki Ahn
Argumento: Byeong-ki Ahn
Se-eun Lee como Yu-jin Lee
Gyu-ri Kim como Eun-ju Lee
Yu-ri Lee como In-suk Kim
Seong-min Choi como Jae-hun Han
Deve ser muito interessante!
ResponderEliminarPara dizer a verdade achei o filme aborrecido. Até nem está mal feito mas tem uma tremenda falta de imaginação...
ResponderEliminarConcordo plenamente! Bom Trabalho!
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