Entretanto, vejamos a história: Renai (Rose Byrne) e Josh (Patrick Wilson) são um casal que se muda para uma casa nova com os seus três filhos. Com a criançada toda com menos de 10 anos e na idade das descobertas e das birras, Renai é uma mãe estoirada. Para não variar, Josh é um pai que aproveita o trabalho para se escapar à árdua tarefa de pôr ordem em casa. Um dia, o seu filho Dalton (Ty Simpkins) vai ao sotão, onde cai e bate com a cabeça. A principio ele parece bem mas nessa noite cai num sono profundo e não acorda. De acordo com os médicos, Dalton está num sono do qual, não se sabe quando irá acordar. Com um filho fora de combate, Renai é forçada ainda mais a dedicar-se ao seio familiar e à lida da casa, onde começa a reparar em fenómenos estranhos. Quanto a Josh, ele isola-se ainda mais e não quer lidar com a situação. A casa está mais assustadora a cada dia que passa: aparecem objectos fora do sítio, sombras e ruídos estranhos, sentem-se presenças que não são deste mundo... Sentir a aflição de Renai quando estes acontecimentos ocorrem perto das crianças é digno de se ver. No entanto, a melhor cena do filme está em algo absolutamente banal. A porcaria do alarme dispara durante a noite e, meus senhores, se a cena não vos der arrepios eu não estou aqui a fazer nada... Enfim, até este momento a escrita tinha sido refrescante e vagamente criativa até para um género que já conheceu tantas e tantas versões. A partir daí é o descalabro. Bem, até ao fim mete medo claro, mas a história é tão absurda que dá vontade de sacudir o argumentista Leigh Whannell que até teve direito a mais do que um cameo como um daqueles caçadores de fantasmas que se vêm no canal Discovery assim como ao realizador James Wan (yep, a dupla maravilhosa de "Saw", 2004 e não, não estou a ser irónica), até eles nos dizerem o que lhes passou pela cabeça.
Quanto a Rose Byrne e Patrick Wilson têm actuações regulares, nada de extraordinário. A Rose Byrne alterna cenas arrepiantes com outras previsíveis e o Patrick Wilson parece, a espaços, que não sabe muito bem onde está. Nada de preocupante, "Insidious" sobrevive mais da atmosfera do que nos actores. A solução para a assombração é pavorosa e o modo de se livrarem dela é tão mais absurdo. Do modo como terminou, só pode dar em sequela que ainda estou para decidir se vou querer ou não ver. A minha frustração no meio disto tudo é que o filme assusta, mesmo quando o enredo se torna ridículo. O meu lamento é que podia ter sido tão bom... Seja como for, tão cedo não vou (re)vê-lo, não creio que os meus nervos estejam ainda refeitos... Duas estrelas e meia.
Realização: James Wan
Argumento: Leigh Whannell
Rose Byrne como Renai
Patrick Wilson como Josh
Ty Simpkins como Dalton
Lin Shaye como Elise
Leigh Whannell como Specs
Próximo Filme: "Masters of Horror - Imprint", 2006
This movie is pretty creepy though I'm not a big fan of the ending.
ResponderEliminarYou are so right. It was the enfing that spoiled it for me.
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